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domingo, 9 de maio de 2010

ABORTO NÃO , BY FERNANDA BRUM .

Oi Pessoal!

Estou muito feliz com a resposta intensa que tenho recebido dos textos que tenho postado.

Muitas coisas têm acontecido por esses dias e confesso que tenho escolhido muito bem sobre o que escrever. Tenho recebido um turbilhão de idéias e fatos concretos que só podem estar vindo do Espírito de Deus.

Meu contato com o Pr.Antonio Carlos da ONG Rio de Paz tem sido muito frutífero e confesso que apesar de conhecê-lo como pastor há alguns anos, tenho reconhecido esse novo tempo sobrenatural que o eleva à posição de Guerreiro Missionário e voz para os pobres e para que se cumpra a justiça. Ele sempre foi muito precioso, profundamente informado e estudado, mas pasmo diante da unção turbinada que ele recebeu há uns 3 anos atrás para gritar mais alto. Não pude resistir e engrossei a fileira dos que gritam.

Na sexta–feira, recebi a visita de uma mulher de Deus cheia do Espírito Santo, a pastora Ezenete. Ela me trouxe um calhamaço com todas as informações do AMGI (Apoio a Mulheres com Gravidez Indesejada). Um sonho tremendo. Uma revelação que tive ainda menina se descortinou diante dos meus olhos. Tenho toda a revelação relatada em meu livro que não sei ainda se vou publicar, mas pretendo pelo menos postar esse pedaço aqui para vocês. Aguardem.

Ela já sonhava comigo e eu com ela desde que escrevi com Tadeu Chuff a canção “Aborto não.” (Proibidão na maioria das rádios evangélicas, mas que o povo sorveu com muita naturalidade).

Aquele que grita contra o aborto não deve virar as costas para aquelas que respondem. Não somos dos que abortam somos dos que adotam.

Não tinha como cuidar da quantidade de mulheres que me procuraram pedindo ajuda para não abortar. Muitas até casadas, outras gerando filhos de ministros do evangelho ou até mesmo de cunhados, em um relacionamento extraconjugal.

Meu coração tem se derramado por essas crianças inocentes frutos de ações inconsequentes. As crianças são sentenciadas à morte, sem ter direito a um julgamento. Por outro lado, essas mães só conhecem o braço estendido das clinicas de aborto e além disso colocam suas vidas em risco, pois, na maioria da vezes, as pessoas e os locais onde realizam o aborto, não são habilitados a realizarem um procedimento, sem colocar a vida mãe em risco.

Acredito em meu pensamento otimista que nenhuma mulher que descobrisse o que é um aborto de fato, não teria coragem de se submeter a ele.

Assisto indignada à propaganda da Rede Record de TV que traz uma jovem linda com olhar seguro a favor do aborto dizendo: ”Eu tenho direito sobre o meu corpo, eu posso votar, tomar pílulas anticoncepcionais, porque não direito ao aborto?” Sim! A mulher tem direito sobre seu próprio corpo, até que receba o homem sobre ela. A partir daquele momento, ela perdeu o direito sobre seu corpo, foi dominada penetrada e seduzida, não se pertence mais, pertence ao parceiro. Pelo menos, durante o ato sexual se deixou unir e dividir sua própria carne com quem a possuiu.

Por outro lado, está o embrião que começa a se formar e o coração começa a bater após a quarta semana. Alguns batem um pouco depois, por volta da sexta semana. Ele já tem vida, ele já foi implantado na parede uterina um tempinho antes e já se alimenta da mãe desde que lá se fixou pela força da vida, pela mão do Altíssimo. Ele tem direito à vida, a nascer, à escola, à comida e a tudo o mais que consta na Biblínha infantil. (O estatuto da criança)

Um milhão de mulheres morrem todos os anos por causa de abortos clandestinos. Duzentas mil crianças são abortadas só no Estado do Rio de Janeiro. É como um maracanã de fetos mortos e entregues no altar de MOLOQUE.

DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

No Brasil, a OMS estima que 31% dos casos de gravidez terminam em abortamento (quase três em cada dez mulheres grávidas abortam). Já conforme estimativas do Ministério da Saúde, todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhão de abortamentos espontâneos e ou inseguros, com uma taxa de 3,7 abortos para 100 mulheres de 15 a 49 anos.

Como reflexo dessa situação, no ano de 2004, 244 mil internações na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) foram motivadas por curetagens pós-aborto, correspondentes aos casos de complicações decorrentes de abortamentos espontâneos e inseguros. Este número no entanto pode ser maior, já que há casos de mulheres que fazem abortos em clínicas clandestinas.

Segundo o Ministério da Saúde, tais curetagens (raspagem do útero) são o segundo procedimento obstétrico mais praticado nas unidades de internação, superadas apenas pelos partos normais. Já o abortamento é a quarta causa de óbito materno no País. Os dados mais recentes disponíveis de mortalidade materna, de 2001, apontam 9,4 mortes por aborto a cada 100 mil nascidos vivos. Ainda conforme o ministério, o abortamento espontâneo ocorre em aproximadamente 10% das gestações.

A CURETAGEM

A curetagem consiste em um procedimento cirúgico. Ele permite restabelecer a saúde e salvar o útero para uma próxima gestação.

Quando é feito para matar uma criança, acabar com uma gestação, por indicação da vontade materna, tem muitas implicações. Primeiro porque não é um procedimento lícito e isto gera procura de curiosas e clínicas clandestinas, o que aumenta de morbidade materna. Além do risco de vida, essas mulheres se expõe ao risco de nunca mais gerar e ainda contrair doenças incuráveis pela exposição a materiais contaminados.

Eu mesma tive que me submeter a quatro dessas cirurgias por não ter opção. Tive indicação médica por causa dos embriões mortos em meu ventre. O coração parava de bater após um descolamento de placenta e eu ficava com o embrião morto na barriga tomando medicamento para induzir a eliminação espontânea do embrião.

Anestesiada em cima de uma mesa de cirurgia, dentro de um centro cirúrgico, (local próprio para o procedimento) o colo era dilatado o suficiente pra passar a cureta – objeto côncavo que é manuseado pelo médico, a fim de livrar o interior do útero de qualquer resto gestacional. Assim, eu acordava após uns 40 minutos de cirurgia, com meu ventre raspadinho e vazio de mais um sonho que não tinha vingado.

Algumas vezes, lembro-me de ter voltado da anestesia gritando: “Meu bebê!!! Meu Bebê!!”. E uma enfermeira carinhosa me dizendo : “Deus vai te dar outro, Fernanda “ Mas não importava, eu queria aquele.. Outra vez, voltei da curetagem com muitas dores chorando e gritando, como se tivessem queimado o meu colo do útero. Eu sabia que não, mas a ardência era tanta que eu só podia ser comparada com a de uma queimadura.

Na primeira curetagem que vivi, voltei pra casa sangrando muito e tomando um medicamento chamado Metergin que serve para contrair o útero a fim de que ele volte para o tamanho original após o parto ou curetagem. Sofri com dores no útero e sangramento. Depois de uma semana de dores, expeli um enorme coágulo e restos do parto que haviam sido deixados em mim. Foi um livramento não ter uma infecção.

Algumas mulheres se submetem a isso com bebês vivos em seu próprio ventre e correm o risco de perfurações uterinas por causa das partes ósseas dentro do feto. São queimadas com solução salina ou sugadas em pedaços ainda vivas quando já são fetos formadinhos. (Isso em curiosa, pois no hospital, quando há indicação médica e o bebê não tem chance de vida, é induzido o aborto com medicação e só é curetado após eliminação)

O Aborto é uma violência terrível contra a mulher e contra a criança. Muitas mulheres morrem em clinicas clandestinas e somem para sempre, nem os corpos são encontrados. Outras, trazem culpa e dor para sempre. Outras, nunca mais gerarão por conta de seqüelas graves em seu aparelho reprodutor. Outras, convivem com crianças mal formadas que nasceram depois de serem expostas a medicamentos que causam danos severos.

Normalmente a ajuda que recebem é algum dinheiro para abortar ou o endereço da clínica de aborto que algumas colegas minhas de adolescência conheciam bem. Lembro de uma jovem que conheci. Eu nunca esqueci seu testemunho. Ela freqüentava os cultos sempre que vinham cantores na Assembléia de Deus da Penha. Eu sempre a via, sempre a cumprimentava. Certo dia, percebi a barriguinha que aparentava 5 meses. Ela me disse que estava grávida, mas seu bebê não tinha cérebro. Fiquei chocada. Éu estava muito emocionada com aquela notícia e, olhando bem nos olhos dela, perguntei: ”Por que você não fez um aborto? A lei te dá esse direito.” Ela me respondeu que não faria isso e que já havia decidido doar todos os órgãos do bebê para salvar a vida de outros.

Essa jovem mexeu com meus alicerces, fiquei rodando em meus pensamentos, imaginando que sofrimento seria aquele e como ela transformara seu próprio sofrimento em amor ao próximo.

Sou a favor do aborto somente quando se tem que escolher entre a mãe ou o bebê ou como no caso daquela menininha grávida de gêmeos estuprada pelo padrasto. Essa é uma exceção, ela não sobreviveria à gravidez. E em casos de estupro, é difícil julgar. A pessoa terá que conviver o resto da vida, com o fruto do estupro e isso, talvez, seja mais injusto ainda com a criança que não tem culpa e terá uma carga emocional insuperável, porque ninguém vai tratar isso. Existem outras doenças que colocam a vida mãe em risco, e isso não dá para ser questionado, é indicação absoluta…

No AMGI, mulheres desesperadas têm sido socorridas. Mulheres decididas a abortar são convencidas do contrário, através do amor e através do apoio de outras mulheres que já passaram pelo mesmo drama.

No AMGI, as mulheres tem médicos, comida, enxoval e carinho, muito carinho. Quase todas acabam ficando com seus filhos, mas as que realmente não podem criá-los, entregam o bebê para adoção. Todas recebem anticoncepcionais e ajuda psicológica para controle de natalidade.

Jovens evangélicas têm procurado aborteiros para não encararem a igreja com seu barrigão, fruto de um relacionamento fora do casamento. Quem vai ter misericórdia dessas moças e dessas crianças? Quem vai estender a mão para que elas não se matem ou matem as crianças?

Esse foi o caso da Mãe da Sinfony. Sinfony é o nome de uma criança trazida para o projeto Samuel em BH. Ela sofre de paralisia cerebral. A mãe dela tentou abortá-la varias vezes sem sucesso e quando Sinfony nasceu cheia de seqüelas, sua mãe não agüentou e cometeu suicídio. Largou a menina ao léu.

Fiquei muito emocionada com Sinfony em meus braços. Ela não parava de chorar nem para dormir, chegou a gritar 8 horas seguidas até ser medicada em um hospital de Belo Horizonte. Ezenete cuida dela no projeto Samuel. Ela está saudável e nem precisa mais da sonda para se alimentar. Já bate os pezinhos, coisa que nunca faria segundo os médicos.

Ah se a mãe da Sinfony soubesse que poderia ser ajudada. Se ela soubesse que sua filhinha com paralisia cerebral seria amparada, talvez não tivesse se matado, talvez tivesse se encontrado com Jesus… talvez… talvez…

Ah …como podemos ajudar a essas crianças? Como podemos ajudar essas jovens? ensinando educação sexual, oferecendo amor… mas, não só amor. Socorro imediato. Quem vai gritar os direitos daqueles que ainda não falam? Quem vai impedir que fetos vivos nascidos de abortos provocados não sejam asfixiados em baldes d’água até que finalmente morram?

Quem vai catar os cacos das mulheres que se deterioram a cada aborto? Não temos como convencer uma mulher a não abortar com uma lei somente. É preciso o poder do Espírito Santo, o único que convence, o único que se move e o único que nos move a ter compaixão.

São muitas áreas de necessidades, mas me inclinei para as crianças e para as mulheres desde o CD CURA-ME, desde o meu contato com o projeto Raquel que fala contra o aborto.

Enfim, conheci o AMGI e, nesse CD, poderei ajudar de maneira singela doando parte do lucro pessoal das vendagens do CD GLÓRIA, mas queria ajudar mais, queria levantar uma onda de mantenedores da vida. Queria contar com corações quebrantados que se envolvam, participem com alimentos, roupas, médicos que doem seu tempo, enfermeiras e psicólogos que sejam voluntários, empresários que possam ajudar. Esse pode não ser um problema seu, você pode nunca ter vivido algo parecido, mas aquele que se compadece do próximo, prega e realiza a verdadeira religião mesmo que o próximo seja um feto, uma menina, uma mulher, rica ou não, casada ou não. Não há ressalvas na ordem para amar. Não amamos apenas quando nosso próximo é bonzinho, amamos pelo Poder do Espírito Santo.

Tudo que vier ás minhas mão para fazer farei, conforme as minhas forças, porque para a sepultura, para onde vou, não há planos ou projetos. Ec. Por isso, em quanto tiver fôlego gritarei, e sei que não estarei sozinha.

Ou, só as tartarugas não nascidas do projeto TAMAR tem o direito de nascer e patrocínio da Petrobrás? Tem os que defendem os cachorros com a SUIPA e a sociedade protetora dos animais, os que defendem o verde como o GREEN PEACE. Parabéns para eles vida longa a todos eles. Mas vida longa ás crianças e as mulheres também.

Pois para elas, existe o AMGI.

E você? Está comigo? Então assista com paciência aos vídeos abaixo:



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2 comentários:

Anônimo disse... at sexta-feira, novembro 18, 2011

depois de ler essa matéria sobre o aborto.......................................preciso de mais um tempinho pra pensar

Anônimo disse... at sábado, março 17, 2012

ja tive 3 abortos naturais passando por duas curetagem peço oraçoes por favor pois vou tentar mais uma vez que seja permiçao de deus meu mome e alexandra

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